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Nossa Vida Filtrada: Entre a Realidade e as Redes Sociais

Vivemos em um mundo onde nossas vidas são frequentemente emolduradas por filtros e ângulos estratégicos. Esse fenômeno tem sido alvo de muitas discussões, e não é para menos!

Você já refletiu sobre os estereótipos no Instagram, e sobre a autenticidade online. A fotógrafa tailandesa Chompoo Baritone fez uma série de imagens impactantes, revelando o que há além do enquadramento perfeito das redes sociais.

As imagens que vemos online costumam mostrar mesas impecáveis com pratos artisticamente montados, momentos de pura serenidade ao sol e espaços de trabalho que mais parecem cenários de um filme. Mas, nas fotos de Baritone, o que geralmente fica de fora do enquadramento aparece em cena: bichinhos curiosos, bagunça cotidiana, pilhas de roupas e pratos inacabados.

Ao compartilhar essas imagens no Facebook, a fotógrafa lançou uma provocação ao conceito de #slowlife, ou como ela chama, “fotos com aparência artística”. Para ela, essa tendência busca mais a validação social do que a arte em si. Em sua introdução ao álbum, ela escreve:

“Fotografia artística.
– O que é o slow life? Qual a sua importância?
– Estas fotos fazem uma sátira social sobre o comportamento humano atual, seguindo tendências e modismos. Elas mostram o esforço intencional em tirar fotos que pareçam artísticas, com o objetivo final de buscar aprovação e elogios. No final das contas, queremos apenas que elas pareçam legais e compatíveis com as tendências. Apenas #slowlife.”

Essa reflexão nos convida a repensar a forma como consumimos e criamos conteúdo digital. Não há nada de errado em querer compartilhar os melhores momentos da vida – afinal, todos gostamos de um bom ângulo e de uma bela edição. Mas será que estamos nos deixando aprisionar por essa busca incessante pela perfeição?

A cultura digital nos oferece uma oportunidade incrível: contar nossas histórias da forma que escolhemos. Se antes a boemia valorizava a arte pela arte, hoje os feeds das redes sociais são a nova galeria de exposição. No entanto, sem contexto, imagens impecáveis e hashtags descoladas podem acabar reforçando padrões artificiais, ao invés de criar conexões genuínas.

A grande lição aqui? A perfeição pode ser bonita, mas a autenticidade é poderosa. Não tenha medo de compartilhar a vida como ela é – com seus momentos organizados e seus dias caóticos. No fim das contas, são as histórias reais que nos conectam de verdade.

Então, que tal um desafio? Da próxima vez que for postar algo, pergunte-se: “Isso reflete quem eu sou de verdade?” Se a resposta for sim, vá em frente. Se for não, lembre-se: sua vida é muito mais interessante do que qualquer filtro pode mostrar! 🚀✨

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